As vendas internacionais do agronegócio brasileiro renderam US$ 15,03 bilhões em abril de 2025, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura. O valor teve um leve aumento de 0,4% em relação ao mesmo mês de 2024, graças à alta nos preços de alguns produtos, mesmo com uma pequena redução no volume total exportado.

A soja em grãos continua sendo o carro-chefe das exportações, com 15,27 milhões de toneladas enviadas ao exterior — o segundo maior número da história para abril. No entanto, a receita com a soja foi de US$ 5,9 bilhões, valor afetado pela queda de quase 10% no preço médio do produto.

Mesmo assim, outros produtos se destacaram e ajudaram a manter o bom desempenho do setor. O café verde, por exemplo, gerou US$ 1,25 bilhão em receita, batendo recorde histórico para o mês. A celulose também teve papel importante nesse resultado.

A China segue como o maior comprador dos produtos do agro brasileiro, com compras de US$ 5,5 bilhões em abril. A maior parte desse valor veio da soja. Na sequência, a União Europeia aparece com US$ 2,2 bilhões em importações, puxadas por produtos mais elaborados, como café solúvel, carne de frango e óleo essencial de laranja.

Além disso, outros itens menos tradicionais tiveram desempenho histórico. O óleo de milho bateu recorde, com US$ 55,3 milhões em vendas. A madeira compensada teve o maior volume exportado para abril, com 145,5 mil toneladas. Miudezas de carne bovina chegaram a 21,3 mil toneladas, com destaque para vendas ao Marrocos. O sebo bovino alcançou 35,6 mil toneladas exportadas, e os bovinos vivos usados para reprodução geraram um recorde de US$ 61,8 milhões, com a Turquia como principal destino.

Segundo o Ministério, os bons resultados refletem uma estratégia para fortalecer a presença do Brasil no comércio mundial de alimentos, envolvendo parcerias com o Itamaraty e o setor produtivo.