Exportações de café batem recorde em receita apesar da queda no volume
Entre janeiro e abril de 2025, Brasil arrecadou US$ 5,23 bilhões com vendas externas de café, mesmo exportando menos sacas do que no ano anterior

O Brasil exportou menos café nos primeiros quatro meses de 2025, mas ganhou muito mais dinheiro com isso. Segundo o relatório de abril do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), foram embarcadas 13,81 milhões de sacas de 60 kg entre janeiro e abril 15,5% a menos que no mesmo período de 2024.
Apesar da queda na quantidade, o país bateu recorde de faturamento: as exportações renderam US$ 5,23 bilhões, um aumento de 51% em relação aos US$ 3,44 bilhões obtidos no ano anterior. O bom resultado é explicado principalmente pelo preço médio da saca exportada, que chegou a US$ 382,44.
Do total exportado, a maior parte foi de café arábica (84,8%, ou 11,71 milhões de sacas). O café robusta (conilon) representou 5,8% (807 mil sacas), e o café solúvel respondeu por 1,28 milhão de sacas. Outros tipos de café somaram apenas 0,2% das exportações.
Os Estados Unidos foram os principais compradores, com 2,37 milhões de sacas, o que representa 17% do total. Em seguida vieram Alemanha, Itália, Japão e Bélgica.
Se analisado o ano-safra 2024/25 (que começou em julho de 2024), o Brasil já exportou 40 milhões de sacas, com crescimento de 1,5% no volume. A receita nesse período chegou a US$ 12,44 bilhões um salto de mais de 56%.
Esse resultado mostra a força do café brasileiro no mercado internacional e o bom momento dos preços mesmo com uma oferta menor.
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