Cientista brasileira recebe o Nobel da Agricultura por pesquisas
A cerimônia de entrega do Prêmio Mundial da Alimentação será realizada em outubro, em Des Moines (EUA), reunindo lideranças internacionais do setor agrícola.

A engenheira agrônoma Mariângela Hungria, da Embrapa, foi reconhecida mundialmente com o Prêmio Mundial da Alimentação de 2025, considerado o “Nobel da agricultura”. O anúncio foi feito nesta terça-feira (13), nos Estados Unidos.
Com 43 anos dedicados à ciência, Mariângela atua na Embrapa Soja, em Londrina (PR). Ela liderou pesquisas com microrganismos do solo, como bactérias que ajudam na fixação de nitrogênio, reduzindo a necessidade de adubos químicos nas plantações.
Graças às suas descobertas, o Brasil economizou R$ 142 bilhões em 2024 com o uso de inoculantes na soja, além de evitar a emissão de 230 milhões de toneladas de CO₂. Hoje, cerca de 85% da soja brasileira é cultivada com essa tecnologia ,o maior índice no mundo.
Além da pesquisa, Mariângela também dá aulas em universidades públicas do Paraná, formando novos profissionais focados em agricultura sustentável.
Para Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio, a conquista é símbolo de uma nova era na produção de alimentos: mais produtividade com menos impacto ambiental.
“Ela mostra que é possível alimentar o mundo com inteligência, trocando produtos químicos por soluções naturais”, afirmou.
A entrega oficial do prêmio será em outubro, nos EUA, durante uma cerimônia com lideranças do agronegócio mundial. A premiação coloca o Brasil em destaque no cenário global e mostra que a ciência feita aqui tem força para mudar o futuro da alimentação.
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