Mãe de Heloysa Rompe o Silêncio e Relata Tragédia: “Eu Dormia com um Monstro”
Suellen Alencastro conta pela primeira vez os horrores vividos no assassinato da filha de 16 anos, e denuncia o ex-companheiro como o mandante do crime brutal.

Suellen Alencastro Arruda, servidora pública de 40 anos, falou publicamente pela primeira vez sobre o assassinato de sua filha, Heloysa Maria de Alencastro Souza, de apenas 16 anos.
Em entrevista ao programa SBT Comunidade, ela se referiu ao ex-namorado, Benedito Anunciação de Santana, como um “demônio” e relatou os momentos de terror que viveu.
“Coloquei um monstro dentro da minha casa. Eu dormia ao lado do homem que planejou matar a mim e minha filha”, desabafou.
Heloysa foi morta em 22 de abril dentro de casa, no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. Seu corpo foi descoberto horas depois, jogado dentro de um poço no bairro Ribeirão do Lipa.
Pouco depois do crime, Benedito, seu filho Gustavo Benedito Júnior Lara de Santana, de 18 anos, e dois adolescentes foram presos em flagrante.
A investigação revelou que o plano era executar mãe e filha, mas somente Heloysa foi assassinada. Suellen sobreviveu, mas foi espancada com extrema violência.
Durante o relato, Suellen revelou que há tempos tentava se desvencilhar do relacionamento abusivo, mas sofria pressão para manter o vínculo.
“Eu tentava sair. Pedi sinais. Perguntei para Deus. Mas algumas pessoas próximas insistiam que ele era um bom homem”, contou emocionada.
Na noite do crime, Heloysa estava sozinha quando os assassinos invadiram o imóvel. Foi asfixiada com um cabo USB. Horas depois, Suellen e uma prima chegaram em casa e foram brutalmente agredidas, obrigadas a realizar transferências bancárias.
Os criminosos fugiram levando pertences, o carro da vítima e o corpo da adolescente no porta-malas, que foi descartado num poço.
Autores Indiciados
Benedito e seu filho foram formalmente indiciados por feminicídio, roubo e extorsão majorada, lesão corporal doméstica e ocultação de cadáver.
Os adolescentes envolvidos responderão por atos infracionais equivalentes. Todos permanecem presos ou internados.
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