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A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) promoveu, em parceria com a empresa Staphyt, um evento técnico em Formosa (GO) com foco no enfrentamento de doenças que afetam as culturas do algodão e da soja. Entre os principais temas debatidos estiveram a ramulária, tradicionalmente associada ao algodão, e o avanço preocupante da mancha-alvo, que vem migrando da soja para o algodão em diversas regiões produtoras.

Durante a programação, que incluiu palestras e visita a campo, foi evidenciado o impacto crescente da mancha-alvo na safra atual. Os ensaios experimentais demonstraram a severidade da doença, especialmente sob condições climáticas favoráveis.

O consultor técnico da Abrapa, Edivandro Seron, destacou os desafios enfrentados pelos produtores, com a necessidade de múltiplas aplicações de fungicidas, especialmente em estados como o Mato Grosso. “Essas doenças causam enormes prejuízos, como desfolha precoce e quebra de resistência dos fungicidas, exigindo o desenvolvimento de novas tecnologias e estratégias sustentáveis”, afirmou.

Já Nédio Tormen, da estação experimental da Staphyt, concentrou sua apresentação na mancha-alvo, apontada como um dos maiores desafios fitossanitários dos próximos anos, devido ao seu potencial de ataque a mais de 500 espécies hospedeiras, incluindo soja, algodão e feijão. Ele destacou que o aumento das chuvas entre outubro e janeiro contribuiu para a pressão da doença na atual safra.

A visita a campo permitiu aos participantes observar ensaios com tecnologias emergentes, voltadas ao controle das doenças, em lavouras de algodão e soja. A estação experimental da Staphyt é credenciada para a realização de testes e registros de novos produtos.

A iniciativa reforça o compromisso da Abrapa em articular todos os elos da cadeia produtiva, promovendo ações colaborativas que garantam a sustentabilidade e competitividade do algodão brasileiro em um cenário desafiador.

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