Nova variante XFG da covid-19 é identificada no Brasil
Ministério da Saúde confirma oito infecções pela nova cepa; especialistas alertam para monitoramento, mas reforçam que vacinação segue eficaz

O Ministério da Saúde confirmou nesta semana a identificação dos primeiros casos da variante XFG do coronavírus no Brasil. Segundo a pasta, oito casos foram registrados: seis no Ceará e dois em São Paulo.
Apesar da novidade, não há evidências de maior gravidade ou letalidade associadas à nova cepa até o momento.
Em nota, o ministério informou que mantém a vigilância genômica ativa e contínua sobre o vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, e reforçou a importância da vacinação como principal forma de prevenção contra casos graves e óbitos.
Nenhuma morte foi registrada entre os infectados pela nova cepa no país.
A variante XFG é a mais recente entre as sete variantes sob monitoramento pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo relatório da entidade, a XFG surgiu a partir da recombinação genética entre duas versões anteriores do vírus LF.7 e LP.8.1.2 e foi identificada mundialmente pela primeira vez em 27 de janeiro de 2025.
Para o infectologista Renato Grinbaum, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o surgimento de uma variante com maior número de mutações exige atenção.
“Existe a possibilidade, ainda que remota, de termos casos mais graves, mas não como os que enfrentamos em 2020”, afirma o especialista.
Apesar do alerta, a comunidade médica e científica não identificou até agora um aumento na gravidade clínica dos pacientes infectados pela XFG.
O foco das autoridades, segundo Grinbaum, é impedir uma disseminação acelerada, que possa gerar pressão sobre os serviços de saúde
A recomendação segue sendo a manutenção do esquema vacinal atualizado, sobretudo para grupos vulneráveis, como idosos, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades.
A OMS e o Ministério da Saúde reforçam a importância da testagem em caso de sintomas gripais, como febre, tosse e dor no corpo.
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