A partir do dia 1º de agosto de 2025, os postos de combustíveis brasileiros terão uma nova composição na gasolina e no diesel. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou o aumento do teor de etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, enquanto o biodiesel passará de 14% para 15% na mistura do diesel.

A iniciativa representa um avanço estratégico na busca pela autossuficiência energética, com potencial de reduzir em até 1,36 bilhão de litros por ano a necessidade de importação de gasolina.

Além disso, o excedente estimado de 700 mil litros poderá ser exportado, ampliando a presença brasileira no mercado internacional de combustíveis renováveis.

O impacto econômico esperado inclui a queda de preços nas refinarias, que pode variar entre R$ 0,11 e R$ 0,13 por litro, com reflexo positivo sobre a inflação.

Também são projetados investimentos de aproximadamente R$ 10 bilhões em cadeias produtivas e a criação de cerca de 17 mil empregos diretos.

Além dos ganhos econômicos, a medida reforça o compromisso ambiental do Brasil, podendo evitar a emissão de cerca de 3 milhões de toneladas de carbono por ano.

Entre os grandes beneficiados com o aumento do E30 (etanol a 30%) está o setor de etanol de milho. Segundo a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), o segmento já produz cerca de 800 milhões de litros por mês e deve ampliar a produção em pelo menos 20% na próxima safra, que pode alcançar 10 bilhões de litros.

O etanol de milho, além de ser até 24% mais barato que o derivado da cana, contribui para diversificar e fortalecer a indústria de biocombustíveis no país.

Com a nova política, o Brasil dá mais um passo rumo ao protagonismo global na produção de combustíveis renováveis, unindo desenvolvimento econômico, segurança energética e sustentabilidade ambiental.