Obras da Ferrovia FICO Avançam e Alcançam 35% de Execução, Anuncia ANTT
Ferrovia que ligará Goiás ao Mato Grosso promete reduzir custos logísticos e impulsionar o agronegócio brasileiro

A Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), um dos principais empreendimentos logísticos do país, já tem 35,65% de suas obras executadas, conforme balanço divulgado nesta terça-feira (24) pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A ferrovia, que ligará Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT), será fundamental para o escoamento da produção agrícola de duas das regiões mais produtivas do Brasil.
Com investimento total estimado em R$ 10,2 bilhões, o projeto faz parte do modelo de investimento cruzado firmado em 2020 com a mineradora Vale. A empresa assumiu a responsabilidade pela execução da FICO como contrapartida pela renovação antecipada do contrato da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).
A ferrovia terá 363 quilômetros de extensão e deve ser concluída em 2028. De acordo com a ANTT, atualmente, 240 quilômetros de frentes de trabalho estão em operação simultânea, o que representa um avanço concreto na obra. “Essa ferrovia é uma entrega concreta do Estado brasileiro. Significa mais desenvolvimento regional, redução de custos logísticos e um transporte mais limpo e eficiente”, destacou o diretor-geral da ANTT, Guilherme Theo Sampaio.
Além da parte física, o projeto também avança em marcos regulatórios e ambientais. Já foram liberados 364 quilômetros de áreas fundiárias, mais de 50 mil inspeções realizadas com 89% de assertividade e 154 permissões ambientais emitidas. As atividades de escavação e aterro já somam mais de 23 milhões de metros cúbicos de solo movimentados.
A FICO é considerada estratégica para o agronegócio, especialmente no Mato Grosso, o maior produtor de grãos do país. Com a ferrovia, espera-se reduzir o fluxo de caminhões nas rodovias, diminuir as emissões de carbono e aumentar a competitividade das exportações brasileiras.
O diretor da ANTT ainda destacou que o projeto enfrenta desafios pontuais, como ajustes jurídicos em determinados trechos e questões ambientais, mas reforçou que o trabalho conjunto entre a Vale, a Infra S.A. e a agência tem sido eficiente para manter o cronograma sob controle.
“Já é possível ver a transformação no território. A FICO não é apenas uma obra; ela representa uma nova era para o transporte ferroviário brasileiro, com responsabilidade social e compromisso com o futuro”, concluiu Sampaio.
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